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domingo, 9 de agosto de 2015

Avaliação de resposta isquêmica através da análise de multivariáveis (AM) no teste ergométrico em paciente portador de doença do nó sinusal (DNS)
 
 
Autores: Ana Cláudia Moreira Araújo, Adriano Bizarro, Danielle Chaves , Estela Maris,
Guilherme Honório, Jaime Oliveira Aguiar, Ricardo Augusto Baeta Scarpelli, Nayanne
Àvila Grochowski, Ricardo Negri Bandeira de Mello, Thiago Rocha Fagundes.
HOSPITAL VILA DA SERRA, BELO HORIZONTE / MG / BRASIL
R59 - 40860
 
 
INTRODUÇÃO
 
A AM inclui além da tradicional avaliação do segmento ST pelos critérios da III diretriz do teste ergométrico da sociedade brasileira de cardiologia, outras duas variáveis. A análise das amplitudes das ondas QRS nas derivações aVF e V5 no eletrocardiograma (ECG) basal e ápice do esforço.
Define-se como um dos critérios para isquêmia se a resultante da diferença for menor ou igual a 5mm (Escore de Atenas). E também a dispersão do QTc (QT corrigido), sendo calculado QTc no ECG basal e no ápice do esforço, considerando como critério para isquêmia se a resultante da diferença for maior que 60ms. Os estudos sugerem a necessidade de dois destes critérios serem positivos para sugerir comportamento isquêmico, possibilitando inclusíve a ultilização das AM mesmo que o paciente não atinja a frequência cardíaca (FC) submáxima, desde de que alcance FC maior ou igual a 63% da FC máxima prevista para a idade.
 
OBJETIVO
 
 
Mostrar a importância do incremento de acurácia na detecção de isquemia miocárdica através do teste ergométrico mesmo sem atingir a FC submáxima.
 
 
RELATO DE CASO
 
 
M.G.M feminina, 61 anos, nega comorbidades, procura ambulatório de cardiologia com quadro de aproximadamente 6 meses com dispneia aos esforços habituais sem outras queixas, e já com registro de bradicardia sinusal ao ECG.
Exames internação:
ECG: Bradicardia sinusal regular.
Holter 24 horas: Fc média 40, mínima 33, máxima 48, automatismo sinusal anormal e escape ventricular.
Ecocardiograma: Relaxamento diastólico anormal do ventriculo esquerdo.
Teste ergométrico: Cronotropismo deprimido ao esforço na ausência de medicação cronotrópica negativa, atingiu 68% da FC máxima prevista para idade. Escore Atenas = 0mm, com critério; Dispersão do QTc = 36ms, sem critério; Segmento ST = sem crítério até a Fc atingida
Durante a internação evoluiu com dor torácica típica associada a bradicardia sendo sugerido a realização de coronariografia (CATE) onde a mesma evidenciou
ausência de lesões significativas.
Devido ao diagnótico de DNS a paciente foi submetida ao implante de marco passo dupla câmara definitivo.
 
 







 
 
 
 
 

 

CONCLUSÃO

Conclusão: Comprovamos neste caso que a AM apresenta uma boa acurácia na determinação da presença ou ausência de comportamento isquêmico no teste ergométrico mesmo que o paciente não atinja a FC submáxima prevista para idade.
 
Referências bibliográficas:
 
- Lu ZY, Haus S. Evaluation of exercise-induced QRS amplitude changes (Athens score) and
 
 
their clinical value. J Tongji Med Univ. 1993;13(3):177-82. 10.
- Koide Y, Yotsukura M, Yoshino H, Ishikawa K. A new coronary artery disease index of
treadmill exercise eletrocardiograms based on the step-up diagnostic method. Am J Cardiol
2001;87:142-7.
 
- Hubbard BL, Gibbons RJ, Lapeyre AC et al. Identification of severe coronary artery
disease using simple clinical parameters. Arch Intern Med. 1992; 152:309-12
- Storti F.C, Uchida A.H, Hueb W.A, Moffa P.J, César L.A.M.. Estratificação de risco
do coronariopata estável através de novo escore. XXVIII Congresso da Sociedade de
Cardiologia do Estado de São Paulo. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado
de São Paulo - Suplemento Especial, 2007, volume 17, fascículo 2, página 28.
- III Diretriz de teste ergométrico da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras
Cardiol 2010; 95 (5 supl.1): 1-26
 
 

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