Há muito tempo sabemos que existem varios protocolos consagrados para a realização do teste ergometrico computadorizado em esteira, dentre eles: Bruce, Ellestad, Bruce modificado, Naughton, Bruce rampa e Rampa.
Apesar da evolução constante nos processos de execução do teste ergometrico a escolha dos protocolos para a realização dos exames de esforço recaem na maioria das vezes nos protocolos de Ellestad e Bruce.
Apesar de serem citados pelas diretrizes e terem suas indicações de aplicação, há muitas coisas que falam contra à utilização rotineira dos mesmos, como:
- Estagios fixos;
- Grandes incrementos de carga entre um estágio e outro;
- Dificuldade de avaliar a classificação funcional mais proxima do real (VO2 miocárdio), já que os avanços de estagios se dão por grandes saltos em METs como no protocolo Ellestad por exemplo, que vai do 3º estágio = 9 METs ao 4º estágio = 12 METs e se o paciente aguentar menos de 1 minuto será classificado com o VO2 miocardio equivalente a 9 METs, e porqual motivo não 10 METs?;
- Maior risco de quedas dos pacientes e de lesão muscular;
Em contrapartida a utilização dos protocolos como Bruce Rampa e Rampa possibilitam a utilização dos mesmos para praticamente a totalidade dos pacientes que realizam o exame de esforço em esteira independente da idade, principalmente pelos seguintes motivos:
- Protocolo mais fisiológico por incremento linear da carga de esforço sem grandes saltos ou incrementos abruptos como ocorre nos demais protocolos;
- Possibilidde de programar uma gama de variedades de carga de esforço muito grande individualizando a escolha do protocolo para qualquer paciente baseado sempre na avaliação da capacidade funcional pré esforço;
- A avaliação pré esforço permite determinar a provavel capacidade funcional do paciente em VO2, levando em consideração não só a idade, mas também o sexo, DAC conhecida, Cardiopatia conhecida, utilização de medicação cronotropica negativa, limitações funcionais motoras, limitações funcionais pulmonares, entre outros critérios;
- É possível não só programar a velocidade inicial e final, a inclinação final e o VO2 máximo estimado (em METs), como também reprogramar o exame se achar que a programação foi inapropriada ao paciente, promovendo uma avaliação mais adequada na maioria das vezes;
- Quedas e lesões dificilmente ocorrem.
Experimentem utilizar o protocolo Rampa em todos os pacientes, a aplicação do mesmo é dinamica e te dá condições na maioria das vezes de realizar uma avaliação clinica, funcional mais apropriada, devido as inumeras possibilidades de programação do protocolo Rampa.
O sucesso e qualidade técnica do exame de teste ergometrico só depende de você.
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